quinta-feira, 4 de setembro de 2003

Rapidinhas do trabalho

* Após explicar todo o processo de coleta e o destino do resultado do exame, eu perguntei:
- Tem alguma dúvida, qualquer outra pergunta?
- Tem uma coisinha que eu queria saber...
- Pois não?
- Que hora que sai o ônibus pra Carmo de Minas?


* O suposto pai me diz, me mostrando que tá por dentro:

- Vou querer tirar coleta de sangue não, eu acho melhor a micose bocal...


* Do Caio, no Hemominas

- O senhor está tomando algum medicamento?
- Tô sim, doutor...
- Qual medicamento?
- Miligrana! Tomo 15, todo dia...
_____

- Eu tive que por uma próstata no joelho...


... And last, but not least:

- A senhora pode confirmar o nome da sua filha, é Faniana mesmo?
- É, e'a p'a se' Faniania, mãs o tanelião e''ô e ficou seno Faniana messs - me respondeu a mãe fanha...

quarta-feira, 3 de setembro de 2003

Soltas Pelo?

Durante profunda meditação matinal, olho pro lado e percebo que meu papel higiênico tem figuras de coelhinhos estampados em relevo. O que será que passa na cabeça de um sujeito para:
a) Se tornar designer de papel higiênico?
b) tendo atingido tal posição, espalhar coelhinhos no supradito papel?

Já não se pode mais cagar com a consciência tranqüila...
Lá voi eu me ishtabacaire de novo...

Voltava eu da FUMEC, onde pago penitência, inexplicavelmente feliz da vida, assobiando candidamente "with a little help from my friends", dos Beatles, quando percebo, ao longe, um pedaço de placa plástica lançado ao chão. Pensei lá com os meus botões: "este troço escorrega pra cacete no asfalto". Fazia um frio que Deus dava, um vento que enregelava os ossos. Abotoei meu casaco e enfiei as mãos nos bolsos, uma mão segurando o celular, a outra um caderninho (porque, segundo meus novos critérios de escolha de material escolar, o que não cabe no bolso eu não levo). Apressei o passo ladeira abaixo, comtemplando o estrelado céu de inverno desse Belo Horizonte, "yeah, I'll get high, with a little help...". Meus pés, de repente, dispararam à minha fente e tive tempo, antes de bater com a bunda no chão, de pensar: "A PLACA!!!" Saí rolando ladeira abaixo feito uma barrica velha e só parei quando meu joelho se encaixou na sarjeta. Me virei de barriga pra cima, me apoiei nos cotovelos e olhei pros lados, graças a Deus ninguém para oferecer ajuda ou perguntar se tinha me machucado, com aquela cara de "tenho que te ajudar ou já posso começar a rir?". Fiquei ainda um tempo deitado, olhando Órion, o caçador, rir de joelhos no céu, enquanto eu tentava tirar as mãos do bolso...