sexta-feira, 20 de dezembro de 2002

I'm aliiiiveee!
Ai, ui, uuggh!
Rapaiz, olha que números impressionantes: apesar de não marca nenhum gol ontem (trapaças do destino, não era meu dia ontem) e de estar jogando fora de minha posição natural (em pé? não, anta, sou goleiro, posição natural de quem tropeça na bola quando tem que correr com ela), das vezes em que peguei na bola, 33% resultaram em chute a gol que saiu pela linha fundo, 33% foram interceptados pelo adversário e 34% acertaram a trave, fora as incontáveis assistências nas jogadas que resultaram em gol. Pois é, peguei na bola três vezes e, apavorado desci o pé, na direção em que o nariz apontava - por sorte, a mesma do gol do oponente. O resto do tempo foi assistência: assisti ao jogo de dentro do campo. Jogo bola com amigos, eles até gostam mim jogando no gol, mas ontem senti um clima de conspiração contra mim, só porque me recusei a catar (abri o pulso semana passada, lembram?). Pode ser delírio persecutório, mas tenho certeza que ouvi alguém dizendo "não passa a bola pro gordinho-vermelho-com-a-veia-pulando-na-testa, porra!". Coisa de gente invejosa, né não? Pior foi o comentário do Guilherme, alcunhado GoodBoy e meu grande amigo, após eu disparar do campo de defesa para um ataque fulminante (do meu time ou do meu coração), que passou perto (todos os dois): "Vai um cigarrinho aí, Otávio?" Resolvi deixar barato a provocação, pra que juntar à dor muscular que já estava encomendada a dor da surra que ia levar se resolvesse brigar? Além do mais, não tinha fôlego pra falar...
Ah! A estória das costelas: A primeira vez foi em jogo váliso pelo campeonato da do Centro Universitário FUMEC (CU-FUMEC, os diretores tem orgulho disso!). Uma ponte maravilhosa para a esquerda, interceptando um cruzamento que resultaria em gol certo: aplausos da torcida (os reservas e a namorada de um dos nossos jogadores, que estava procurando um jeito de terminar o namoro), vibração do time e lamúrias do adversário. Mas eu cai sobre o braço esquerdo, que pressionou a costela e a fissurou junto ao esterno. saí de campo carregado, mas feliz. A segunda vez foi humilhação total. Jogo amistoso; não ia nem jogar, estava acabando de me recuperar ainda, mas o outro goleiro estava pregado, resolvi jogar em seu lugar. Como estava sem tênis, peguei o dele emprestado, dois números maior que o meu. No final do jogo, dei saída de bola, meu time correu para o ataque e eu corri de volta para o meio do gol. Tropecei sozinho na ponta do tênis e estatelei no chão, de novo em cima do braço, a mesma costela quebrou de novo, mas agora em dois lugares, junto ao esterno e no flanco. O pessoal correu pra me ajudar, mostrei a região da costela, sem conseguir respirar direito. o jogo acabou e aí veio a o complemento da humilhação. O Renatão, nosso pivô, que tinha ficado de longe quando o pessoal veio me ajudar, sentou do meu lado e disse: "Véi, cê me deu o maior susto. Te vi lá deitado, sem conseguir respirar e apontando pro peito, pensei na hora: o cara é velho (33 anos só! É nisso que dá demorar tanto a se formar...), tá gordo, num costuma fazer exercício, fuma, pronto: Tá enfartando!". Caralho!!!
Bom por hoje tá bom, só queria acalmar minha família e amigos. Sobrevivi a mais uma, agora só ano que vem.
[]'s

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